amar e cria a DECLARAR AMOR
Demonstrar o amor é uma forma de deixar a vida transbordar dentro do próprio coração.
A maioria das pessoas estabelece datas especiais para manifestar o seu amor pelo outro: é o dia do aniversário, o natal, o aniversário de casamento, o dia dos namorados.
Para elas, expressar amor é como usar talheres de prata: é bonito, sofisticado, mas somente em ocasiões muito especiais.
E alguns não dizem nunca o que sentem ao outro. Acreditam que o outro sabe que é amado e pronto. Não é preciso dizer.
Conta um médico que uma cliente sua, esposa de um homem avesso a externar os seus sentimentos, foi acometida de uma supuração de apêndice e foi levada às pressas para o hospital.
Operada de emergência, necessitou receber várias transfusões de sangue sem nenhum resultado satisfatório para o restabelecimento de sua saúde.
O médico, um tanto preocupado, a fim de sugestioná-la, lhe disse: pensei que a senhora quisesse ficar curada o mais rápido possível para voltar para o seu lar e o seu marido.
Ela respondeu, sem nenhum entusiasmo:
- O meu marido não precisa de mim. Aliás, ele não necessita de ninguém. Sempre diz isto.
Naquela noite, o médico falou para o esposo que a sua mulher não queria ficar curada. Que ela estava sofrendo de profunda carência afetiva que estava comprometendo a sua cura.
A resposta do marido foi curta, mas precisa:
- Ela tem de ficar boa.
Finalmente, como último recurso para a obtenção do restabelecimento da paciente, o médico optou por realizar uma transfusão de sangue direta. O doador foi o próprio marido, pois ele possuía o tipo de sangue adequado para ela.
Deitado ao lado dela, enquanto o sangue fluía dele para as veias da sua esposa, aconteceu algo imprevisível.
O marido, traduzindo na voz uma verdadeira afeição, disse para a esposa:
- Querida, eu vou fazer você ficar boa.
- Por que? Perguntou ela, sem nem mesmo abrir os olhos.
- Porque você representa muito para mim.
Houve uma pausa. O pulso dela bateu mais depressa. Seus olhos se abriram e ela voltou lentamente a cabeça para ele.
- Você nunca me disse isso.
- Estou dizendo agora.
Mais tarde, com surpresa, o marido ouviu a opinião do médico sobre a causa principal da cura da sua esposa.
Não foi a transfusão em si mesma, mas o que acompanhou a doação do sangue que fez com que ela se restabelecesse. As palavras de carinho fizeram a diferença entre a morte e a vida.
É importante saber dizer: amo você! O gesto carinhoso, a palavra gentil autêntica, a demonstração afetiva num abraço, numa delicada carícia funcionam como estímulos para o estreitamento dos laços indestrutíveis do amor.
É urgente que, no relacionamento humano, se quebre a cortina do silêncio entre as criaturas e se fale a respeito dos sentimentos mútuos, sem vergonha e sem medo.
A pessoa cuja presença é uma declaração de amor consegue criar um ambiente especial para si e para os que privam da sua convivência. Quem diz ao outro: eu amo você, expressa a sua própria capacidade de amar, mas também, afirmando que o outro é amado, se fazmor ao seu redor.
quarta-feira, 29 de junho de 2011
DEUS !!!
Você acredita no que ouve?
Eram aproximadamente 10 horas quando um jovem começou a dirigir-se para casa. Sentado no seu carro, ele começou a pedir: - " Deus! Se ainda falas com as pessoas, fale comigo. Eu irei ouvi-lo. Farei tudo para obedece-lo" Enquanto dirigia pela rua principal da cidade, ele teve um pensamento muito estranho: "Pare e compre um galão de leite". Ele balançou a cabeça e falou alto: "Deus? É o Senhor?" Ele não obteve resposta e continuou dirigindo-se para casa. Porém, novamente, surgiu o pensamento: "Compre um galão de leite". O jovem pensou em Samuel e como ele não reconheceu a voz de Deus, como Samuel correu para Eli. Isso não parece ser um teste de obediência muito difícil... Ele poderia também usar o leite. O jovem parou, comprou o leite e reiniciou o caminho de casa. Quando ele passava pela sétima rua, novamente ele sentiu um pedido: "Vire naquela rua". Isso é loucura... - pensou - e, passou direto pelo retorno. Novamente ele sentiu que deveria ter virado na sétima rua. No retorno seguinte, ele virou e dirigiu-se pela sétima rua. Meio brincalhão, ele falou alto : "Muito bem, Deus. Eu farei". Ele passou por algumas quadras quando de repente sentiu que devia parar. Ele brecou e olhou em volta. Era uma área mista de comércio e residência. Não era a melhor área, mas também não era a pior da vizinhança. Os estabelecimentos estavam fechados e a maioria das casas estavam escuras, como se as pessoas já tivessem ido dormir, exceto uma do outro lado que estava acesa. Novamente, ele sentiu algo: "Vá e dê o leite para as pessoas que estão naquela casa do outro lado da rua". O jovem olhou a casa. Ele começou abrir a porta, mas voltou a sentar-se. "Senhor, isso é loucura. Como posso ir para uma casa estranha no meio da noite?". Mais uma vez, ele sentiu que deveria ir e dar o leite. Inicialmente, ele abriu a porta... "Muito Bem, Deus, se é o senhor, eu irei e entregarei o leite àquelas pessoas. Se o Senhor quer que eu pareça uma pessoa louca, muito bem. Eu quero ser obediente! . Acho que isso vai contar para alguma coisa, contudo, se eles não responderem imediatamente, eu vou embora daqui". Ele atravessou a rua e tocou a campainha. Ele pôde ouvir um barulho vindo de dentro, parecido com o choro de uma criança. A voz de um homem soou alto: "Quem está aí? O que você quer?" A porta abriu-se, em pé, estava um homem vestido de jeans e camiseta. Ele desconhecido em pé na sua soleira. "O que é? ". O jovem entregou-lhe o galão de leite. "Comprei isto para vocês". O homem pegou o leite e correu para dentro falando alto. A mulher pegou o leite e foi para a cozinha. O homem a seguia segurando nos braços uma criança que chorava. Lágrimas corriam pela face do homem e, ele começou a falar, meio soluçando: "Nós oramos. Tínhamos muitas contas para pagar este mês e o nosso dinheiro havia acabado. Não tínhamos mais leite para o nosso bebê. Apenas orei e pedi Deus que me mostrasse uma maneira de conseguir leite". Sua esposa gritou lá da cozinha: "Pedi a Deus para mandar um anjo com um
pouco... Você é um anjo?" O jovem pegou a sua carteira e tirou todo o dinheiro que havia nela e colocou-o na mão do homem. Ele voltou-se e foi para o carro, enquanto as lágrimas corriam pela sua face. Ele experimentou que Deus ainda responde os pedidos. Agora, um simples teste para você: Se você acredita em Deus, mande esta mensagem para todos os seus amigos, inclusive para a mesma pessoa que te mandou para não se esquecer. Quanto tempo você leva para parar um pouquinho e ouvir Deus? Essa é uma mensagem que um anjo mandou-nos para refletirmos sobre a forma que Deus fala conosco! Tenham muita Luz e muita paz. Que DEUS nos Ilumine sempre!!!!!!!!
Eram aproximadamente 10 horas quando um jovem começou a dirigir-se para casa. Sentado no seu carro, ele começou a pedir: - " Deus! Se ainda falas com as pessoas, fale comigo. Eu irei ouvi-lo. Farei tudo para obedece-lo" Enquanto dirigia pela rua principal da cidade, ele teve um pensamento muito estranho: "Pare e compre um galão de leite". Ele balançou a cabeça e falou alto: "Deus? É o Senhor?" Ele não obteve resposta e continuou dirigindo-se para casa. Porém, novamente, surgiu o pensamento: "Compre um galão de leite". O jovem pensou em Samuel e como ele não reconheceu a voz de Deus, como Samuel correu para Eli. Isso não parece ser um teste de obediência muito difícil... Ele poderia também usar o leite. O jovem parou, comprou o leite e reiniciou o caminho de casa. Quando ele passava pela sétima rua, novamente ele sentiu um pedido: "Vire naquela rua". Isso é loucura... - pensou - e, passou direto pelo retorno. Novamente ele sentiu que deveria ter virado na sétima rua. No retorno seguinte, ele virou e dirigiu-se pela sétima rua. Meio brincalhão, ele falou alto : "Muito bem, Deus. Eu farei". Ele passou por algumas quadras quando de repente sentiu que devia parar. Ele brecou e olhou em volta. Era uma área mista de comércio e residência. Não era a melhor área, mas também não era a pior da vizinhança. Os estabelecimentos estavam fechados e a maioria das casas estavam escuras, como se as pessoas já tivessem ido dormir, exceto uma do outro lado que estava acesa. Novamente, ele sentiu algo: "Vá e dê o leite para as pessoas que estão naquela casa do outro lado da rua". O jovem olhou a casa. Ele começou abrir a porta, mas voltou a sentar-se. "Senhor, isso é loucura. Como posso ir para uma casa estranha no meio da noite?". Mais uma vez, ele sentiu que deveria ir e dar o leite. Inicialmente, ele abriu a porta... "Muito Bem, Deus, se é o senhor, eu irei e entregarei o leite àquelas pessoas. Se o Senhor quer que eu pareça uma pessoa louca, muito bem. Eu quero ser obediente! . Acho que isso vai contar para alguma coisa, contudo, se eles não responderem imediatamente, eu vou embora daqui". Ele atravessou a rua e tocou a campainha. Ele pôde ouvir um barulho vindo de dentro, parecido com o choro de uma criança. A voz de um homem soou alto: "Quem está aí? O que você quer?" A porta abriu-se, em pé, estava um homem vestido de jeans e camiseta. Ele desconhecido em pé na sua soleira. "O que é? ". O jovem entregou-lhe o galão de leite. "Comprei isto para vocês". O homem pegou o leite e correu para dentro falando alto. A mulher pegou o leite e foi para a cozinha. O homem a seguia segurando nos braços uma criança que chorava. Lágrimas corriam pela face do homem e, ele começou a falar, meio soluçando: "Nós oramos. Tínhamos muitas contas para pagar este mês e o nosso dinheiro havia acabado. Não tínhamos mais leite para o nosso bebê. Apenas orei e pedi Deus que me mostrasse uma maneira de conseguir leite". Sua esposa gritou lá da cozinha: "Pedi a Deus para mandar um anjo com um
pouco... Você é um anjo?" O jovem pegou a sua carteira e tirou todo o dinheiro que havia nela e colocou-o na mão do homem. Ele voltou-se e foi para o carro, enquanto as lágrimas corriam pela sua face. Ele experimentou que Deus ainda responde os pedidos. Agora, um simples teste para você: Se você acredita em Deus, mande esta mensagem para todos os seus amigos, inclusive para a mesma pessoa que te mandou para não se esquecer. Quanto tempo você leva para parar um pouquinho e ouvir Deus? Essa é uma mensagem que um anjo mandou-nos para refletirmos sobre a forma que Deus fala conosco! Tenham muita Luz e muita paz. Que DEUS nos Ilumine sempre!!!!!!!!
GALOPE.
Galope
Um retrato.
Um quadro a ganhar movimento.
Fulgura no horizonte um sol vermelho
tonalizando de carmim a todo ambiente,
gerando sombras em meio à imagem crepuscular.
Muitas sem movimento
e uma única a mover-se.
Silhueta negra,
homem montado em cavalo.
Dourados tons dos raios solares ocultos nas nuvens.
O céu parece arder em fogo.
O vermelho abrasa o cinza.
O bater dos cascos. Forte galope.
A agitação cardíaca.
Desabalada carreira,
não sabe se está em fuga
ou se busca encontro.
Chicotes de luzes,
as tensões a esporearem o corpo,
o domínio dos arreios.
Os freios estão quase que soltos,
a fúria dos dentes brancos.
A potência da força,
o impulsionar nervoso dos músculos.
Debatem-se homem e animal.
Companheiros ou adversários.
Obstáculos à frente.
Retira-se da cintura reluzente espada.
O brilho da lâmina,
o movimento agressivo de mãos e braços,
podando os entraves do caminho,
abrindo trilha para poder passar.
O coração abastecendo as vasos,
o sangue novo despojando o velho.
Rompem o vento
que quer impedir o trepidante galope.
No confronto não existe ódio,
mas apenas força obstinada.
Uma enérgica direção
onde busca-se, em desespero, a eternidade.
Daí esta aferrada corrida,
numa união de corpo e alma,
numa junção tão íntima de dois seres
que haverão de parecer um.
De tal forma que acabarão por muito andar
e por chegar ao fim da terra,
para encontrarem, então, a água.
E não querendo o animal mergulhar,
desmontará o homem,
impulsivo, indo atirar-se no misterioso líquido,
deixando o corpo afundar
para sobreviver com o ar guardado nos pulmões.
Momento de luta,
o enfrentamento dos limites físicos,
o grande desafio,
para depois dominar-se
com as rédeas da ponderação,
decidindo emergir.
Tendo prazer ao perceber
que conseguiu sobreviver,
almejando tocar a terra.
Nadando com potentes braçadas para o leito,
sentindo a exaustão do coração.
Chegando quase sem vida à terra,
arrastando-se pelo solo que rejeitou.
Tendo, então, o seu encontro fatídico com a morte,
porém, olhando sem temor para sua face,
soltando estridente gargalhada,
deixando-a sem jeito,
meio que envergonhada.
Preferindo ir embora e deixá-lo em paz.
E este ficou
ao lado do seu belo equino,
deixando o sol revigorar-lhe a vida.
Num cansaço cheio de realização,
numa exaustão cheia de liberdade.
Um retrato.
Um quadro a ganhar movimento.
Fulgura no horizonte um sol vermelho
tonalizando de carmim a todo ambiente,
gerando sombras em meio à imagem crepuscular.
Muitas sem movimento
e uma única a mover-se.
Silhueta negra,
homem montado em cavalo.
Dourados tons dos raios solares ocultos nas nuvens.
O céu parece arder em fogo.
O vermelho abrasa o cinza.
O bater dos cascos. Forte galope.
A agitação cardíaca.
Desabalada carreira,
não sabe se está em fuga
ou se busca encontro.
Chicotes de luzes,
as tensões a esporearem o corpo,
o domínio dos arreios.
Os freios estão quase que soltos,
a fúria dos dentes brancos.
A potência da força,
o impulsionar nervoso dos músculos.
Debatem-se homem e animal.
Companheiros ou adversários.
Obstáculos à frente.
Retira-se da cintura reluzente espada.
O brilho da lâmina,
o movimento agressivo de mãos e braços,
podando os entraves do caminho,
abrindo trilha para poder passar.
O coração abastecendo as vasos,
o sangue novo despojando o velho.
Rompem o vento
que quer impedir o trepidante galope.
No confronto não existe ódio,
mas apenas força obstinada.
Uma enérgica direção
onde busca-se, em desespero, a eternidade.
Daí esta aferrada corrida,
numa união de corpo e alma,
numa junção tão íntima de dois seres
que haverão de parecer um.
De tal forma que acabarão por muito andar
e por chegar ao fim da terra,
para encontrarem, então, a água.
E não querendo o animal mergulhar,
desmontará o homem,
impulsivo, indo atirar-se no misterioso líquido,
deixando o corpo afundar
para sobreviver com o ar guardado nos pulmões.
Momento de luta,
o enfrentamento dos limites físicos,
o grande desafio,
para depois dominar-se
com as rédeas da ponderação,
decidindo emergir.
Tendo prazer ao perceber
que conseguiu sobreviver,
almejando tocar a terra.
Nadando com potentes braçadas para o leito,
sentindo a exaustão do coração.
Chegando quase sem vida à terra,
arrastando-se pelo solo que rejeitou.
Tendo, então, o seu encontro fatídico com a morte,
porém, olhando sem temor para sua face,
soltando estridente gargalhada,
deixando-a sem jeito,
meio que envergonhada.
Preferindo ir embora e deixá-lo em paz.
E este ficou
ao lado do seu belo equino,
deixando o sol revigorar-lhe a vida.
Num cansaço cheio de realização,
numa exaustão cheia de liberdade.
sexta-feira, 24 de junho de 2011
AMIGOS
Amizade é isso...
São mãos dadas
para atravessar a rua
em tempos difíceis e
mãos dadas para seguir
rumo ao invisível, o futuro.”
São mãos dadas
para atravessar a rua
em tempos difíceis e
mãos dadas para seguir
rumo ao invisível, o futuro.”
ROMANTICO
Afinidade
"Afinidade não é o mais brilhante, mas é o mais sutil, delicado e penetrante dos sentimentos. O mais independente.
Não importa o tempo, a ausência, os adiamentos, as distâncias, as impossibilidades. Quando há afinidade, qualquer reencontro retoma a relação, o diálogo, a conversa, o afeto, no exato ponto onde foi interrompido.
Afinidade é não haver tempo medindo a vida. É uma vitória do adivinhado sobre o real. Do subjetivo sobre o objetivo. Do permanente sobre o passageiro. Do básico sobre o superficial (da esperança sobre a experiência).
Ter afinidade é muito raro. Mas quando existe não precisa de códigos verbais para se manifestar. Existia antes do conhecimento, irradia durante e permanece depois que as pessoas deixaram de estar juntas. O que você tem dificuldade de expressar a um não afim, sai simples e claro com quem você tem afinidade.
Afinidade é ficar de longe pensando parecido a respeito dos mesmos fatos que impressionam, comovem ou mobilizam. É ficar conversando sem trocar palavras.
É receber o que vem do outro com aceitação anterior ao entendimento.
Afinidade é sentir com. Nem sentir contra, nem sentir para, nem sentir por, nem sentir pelo. Quanta gente ama loucamente, mas sente contra o amado. Quantos amam e sentem para o ser amado, não para eles próprios.
Sentir com é não ter necessidade de explicar o que está sentindo. É olhar e perceber. É mais calar do que falar. Ou quando é falar, jamais explicar: apenas afirmar.
Afinidade é jamais sentir por. Quem sente por, confunde afinidade com masoquismo. Mas quem sente com, avalia sem contaminar. Compreende sem ocupar o lugar do outro. Aceita para poder questionar. Quem não tem afinidade, questiona por não aceitar.
A afinidade não precisa de amor. Pode existir com ou sem ele. Independente dele. A quilômetros de distância.
Na maneira de falar, de escrever, de andar, de respirar. Há afinidade por pessoas (não seria com pessoas ?) a quem apenas vemos passar, por vizinhos com quem nunca falamos e de quem nada sabemos. Há afinidade com pessoas de outros continentes a quem nunca vemos, veremos ou falaremos.
A afinidade é singular, discreta e independente, porque não precisa de tempo para existir. Afinidade é adivinhação de essências não conhecidas nem pelas pessoas que as têm. Afinidade é retomar a relação do ponto onde parou, sem lamentar o tempo da separação. Porque tempo e separação nunca existiram. Foram apenas a oportunidade dada (tirada) pela vida, para que a maturação comum pudesse se dar.
E para que cada pessoa pudesse e possa ser, cada vez mais, a expressão do outro sob a forma ampliada e refletida do eu individual aprimorado."
"Afinidade não é o mais brilhante, mas é o mais sutil, delicado e penetrante dos sentimentos. O mais independente.
Não importa o tempo, a ausência, os adiamentos, as distâncias, as impossibilidades. Quando há afinidade, qualquer reencontro retoma a relação, o diálogo, a conversa, o afeto, no exato ponto onde foi interrompido.
Afinidade é não haver tempo medindo a vida. É uma vitória do adivinhado sobre o real. Do subjetivo sobre o objetivo. Do permanente sobre o passageiro. Do básico sobre o superficial (da esperança sobre a experiência).
Ter afinidade é muito raro. Mas quando existe não precisa de códigos verbais para se manifestar. Existia antes do conhecimento, irradia durante e permanece depois que as pessoas deixaram de estar juntas. O que você tem dificuldade de expressar a um não afim, sai simples e claro com quem você tem afinidade.
Afinidade é ficar de longe pensando parecido a respeito dos mesmos fatos que impressionam, comovem ou mobilizam. É ficar conversando sem trocar palavras.
É receber o que vem do outro com aceitação anterior ao entendimento.
Afinidade é sentir com. Nem sentir contra, nem sentir para, nem sentir por, nem sentir pelo. Quanta gente ama loucamente, mas sente contra o amado. Quantos amam e sentem para o ser amado, não para eles próprios.
Sentir com é não ter necessidade de explicar o que está sentindo. É olhar e perceber. É mais calar do que falar. Ou quando é falar, jamais explicar: apenas afirmar.
Afinidade é jamais sentir por. Quem sente por, confunde afinidade com masoquismo. Mas quem sente com, avalia sem contaminar. Compreende sem ocupar o lugar do outro. Aceita para poder questionar. Quem não tem afinidade, questiona por não aceitar.
A afinidade não precisa de amor. Pode existir com ou sem ele. Independente dele. A quilômetros de distância.
Na maneira de falar, de escrever, de andar, de respirar. Há afinidade por pessoas (não seria com pessoas ?) a quem apenas vemos passar, por vizinhos com quem nunca falamos e de quem nada sabemos. Há afinidade com pessoas de outros continentes a quem nunca vemos, veremos ou falaremos.
A afinidade é singular, discreta e independente, porque não precisa de tempo para existir. Afinidade é adivinhação de essências não conhecidas nem pelas pessoas que as têm. Afinidade é retomar a relação do ponto onde parou, sem lamentar o tempo da separação. Porque tempo e separação nunca existiram. Foram apenas a oportunidade dada (tirada) pela vida, para que a maturação comum pudesse se dar.
E para que cada pessoa pudesse e possa ser, cada vez mais, a expressão do outro sob a forma ampliada e refletida do eu individual aprimorado."